quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ensina-me a Viver


Assistir à comédia romântica de Collin Higgins, com Glória Menezes, foi sem dúvidas uma das maiores inspirações de 2012. Sensibilidade rara no texto e em toda a elaboração da peça.
Impossível não se emocionar com a história de Harold, um jovem que briga com a vida, e de Maude - uma senhora apaixonada pela arte de viver. Harold é rebelde, criado por uma mãe autoritária, de família militar. Cultiva um lado dark, frequenta enterros e cria encenações de suícidio. Maude vive em um teatro cercada de arte e coloca irreverência e bom humor em tudo, aproveitando os momentos. Ela busca a liberdade e apronta algumas travessuras, desafiando as regras. Maude segue o coração e as suas vontades. O encontro dos dois faz com que Harold comece a apreciar as belezas do mundo. E se apaixone por Maude. O convite foi o presente de uma amiga e a peça compartilhada por três mulheres que sairam encantadas. Vou levar comigo muitas lições deste filme. Entre elas, a frase " ah! não se importe com o que os outros pensam".

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A ponte- uma lição de vida

Eu que já ando numa fase "desenho infantil", achei esse curta fofo e verdadeiro.
Que venha a inspiração para a vida.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Estar em mim

Esparramou / Winston Chmielinski



Na rua da independência
Me reconciliei comigo
Passei pela solidão
Em busca da maturidade
Me encontrei
Descobri em meus labirintos
Símbolos que abandonei no caminho
Passos e traços que me representam
Emoções que percorrem o rosto
espontaneamente sem obstáculos,
sem represas,
livre me expresso
no meu tempo e espaço
Vazão da minha
fonte que jorra em
cor de rosa.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu fiz, ele fez e ela fez

Olha o que a vida fez
Transformou tantos em dois
Laços que ela desfez
Nós de nós talvez

Olha o que a gente carrega
E o sumo que a gente entrega
Soma de diferentes
Elos
Um pouco reféns

Veja o que ela não fez
ecoa aqui também
Faltas, sobras
e todo o resto
no nosso mundo
vira manifesto

E olha o que a gente fez.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Poesinhazinha

Serás sempre a pequena
Com grandes olhos de querer
Sempre sobre as asas da proteção
Mas terá a imaginação no céu
E a certeza do calço
A flor, a cor amarelo-luz
O brilho nos olhos
Gesto singelo
Aparência extravagante
Serás sempre mais
Sem deixar de ser você
Sem se deixar ser medida
Serás do tamanho do seu sentimento
Não precisa ter medo
Estarei sempre aqui

Obs.: Para minha grande-pequena irmã. Gigante é quem tem a coragem de ser o que é.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Desperte a vida

Poesia e sensibilidade estão em toda parte. Basta olhar para ver. Basta despertar.
Esse filme publicitário da Nescafé, além de uma produção brilhante, tem um conceito cheio de subjetividade: acordar para a vida. Sair do caos diário, das obrigações e abrir espaço para o que realmente importa: o sentimento. Aplausos inspirados!

sábado, 29 de outubro de 2011

A gente tem que fazer o que sabe...



O filme O Palhaço é poético e inspirador. Quem nunca se questionou sobre o que faz? Quem nunca se sentiu cansado? Mas quem nunca tirou férias e sentiu falta do trabalho? A gente tem que fazer o que sabe. Mais além o que gosta. A correria, a rotina, às vezes camufla o brilho, o prazer das nossas atividades. Só sei que é só eu entrar no avião para correr e procurar na bolsa uma caneta, é um vício. Apesar do dia a dia às vezes sacrificante, dos impedimentos, no fundo existe algo que nos convida a voltar e fazer o que nos preenche. E o filme me lembrou o Post do Hélio Leite.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eric Clapton - São Paulo

Estádio do Morumbi lotado, pessoas queridas reunidas e Eric Clapton no palco. O show foi encantador e difícil de traduzir em palavras. Ficamos em pé durante 1h40, eu quase imóvel ali ouvindo o som dele, impecável. Inesquecível!

Anotado!

Nunca mais pisei na areia


Nunca mais tomei banho de mangueira


Nunca mais peguei criança no colo


Nunca mais comi chiclete


Nunca mais tomei chuva por querer


Nunca mais pulei na piscina de madrugada


Nunca mais fiz bolha de sabão


Nunca mais corri pela sala


Nunca mais mandei carta


Nunca mais pulei na cama


Nunca mais passei a tarde com a roupa molhada


Nunca mais acordei no meio da tarde


Nunca mais dei um susto em alguém


Vou anotar na agenda


Quero sempre mais


Cada um desses nuncas e


Todos os demais.





sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sempre

A vida acontece lá fora, quando sem pressa e sem regra, olho pro lado.

A vida acontece aqui dentro quando paro e esqueço que o caos dos sem tempo

me rodeia.

A vida é a liberdade que incomoda, que inquieta e que quer estar.

Ela quer espaço.

Nas horas vagas, se faz gentileza, se faz beleza, se faz destreza.

Nas proibidas, eclode em pausa para descontrair ou simplesmente

explode e pede pra sair.

Escondida, se faz nuvem de pensamento, vontade

de romper o silêncio, de riscar a agenda, de mudar o rumo.

Distraída, surge ao seu lado e se abre em palavras, fantasiada

de gente comum, que se desvenda em histórias.

Assustada, corre como o tempo.

Teimosa, reaparece de repente em sentimento.

A vida acontece quando eu posso.

Que seja sempre.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fazer...

Essas pessoas, às vezes de pouca instrução, são verdadeiros candeeiros de sabedoria.

A sabedoria popular me fascina. "Quem está desempregado é porque está procurando serviço no lugar errado. E onde a gente tem que procurar? Dentro da gente."



Gosto da ideia do fazer, do just do it. De a gente aceitar o que hoje tem como uma oportunidade. E fazer no sentido de fazer o possível.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Grátis

Meu amor sempre foi gratuito, porque jorra de uma fonte inesgotável. Sempre foi doado espontaneamente como meu riso frouxo, de mão aberta, de mão cheia. E assim ele é livre. Se a gente espera retorno se decepciona, porque só pinga de vez enquando, vem feito pedacinho de pão para os pombos. Mas existe algo intangível que compensa muito no amor. Ele se multiplica dentro de mim. Ele transborda, ele flui, ele me faz sentir feliz e completa. Se não o recebo de volta é porque essa riqueza é um privilégio, uma dádiva. Ás vezes dá vontade de estender a mão e pedir um pouco dessa energia calorosa e divina do outro. Mas pedindo não teria valor. Pedindo não é amor. Quando menos espero que encontro um raro doador e ganho um gesto, uma palavra, uma história. Retribuir é uma parte de mim.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eixo

A bailarina gira, gira
Se ela sai da rota, cai
Se ela perde o ritmo, ai
Ela precisa do movimento
Ela precisa estar em si
E dar a volta sempre
E completar os ciclos
Ela, eu
no centro,no eixo.



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Faz de conta


Se a luz acesa não apaga
Eu canto
Quem sabe espanta
Quem sabe um mantra
No outro dia eu trabalho
E o ofício sempre funciona
Para esquecer
Atrás de um livro
escondo o rosto molhado
Porque leitura é boa fuga
É um atalho
Para espairecer
Então, faz de conta
Que nada aconteceu.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Coisa séria

Gente é coisa séria
amor demais estraga
Não vem com bula
Não vem com mapa
Nem manual de instrução

Você fala pro bem não ouve
Não gosta de gente boazinha
Prefere quem não dá bola
quem anda de cara feia
quem fica na defensiva
Vai entender...
Eu quero amor em demasia
Eu quero rir até dar caimbra no rosto
Eu quero fazer o bem sem medo de ser feliz.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quanta bobagem!

Tenho mania de tratar as pessoas que amo como crianças, mimar com muita frilula
todos os eles. Gosto de abraços exagerados, sacudidos, apertados, daqueles que
os adultos não ousam dar. Sim, ficam todos mal acostumados, exigentes, chiliquentos,
como meninos quando querem algo que eu não posso fazer. Mas também faço eles
esquecerem um pouco que a vida é cheia de obrigações, regras e dores. Faço eles perderem o medo do ridículo, esquecerem os problemas e gastarem tempo rindo das minhas bobagens infantis. E aproveitarem meus carinhos malucos, apertões no nariz,
cheiros no suvaco, puxões no dedo do pé. Quando chego em Salvador, lá da porta eu já canto para minha irmã: biloca, me dá uma beijoca. E falo: cadê meu pequeno-grande homem? para o meu irmãozinho. Pulo na cama do meu pai, chamo ele de meu velho branquelo. Levanto a minha mãe do chão com um abraço. Corro na sala com meu irmão pequeno, já até bati a testa no vidro por isso. A babá pensou que eu tinha problemas, não me conhecia. E daí?
Faço isso também no trabalho, com um pouco de ponderação, mas tenho mania de bobo da corte, de alegrar quem está triste, de fazer confusão quando o clima está pesado. Conto minha vida sem pudor, minhas histórias sem pé nem cabeça, assusto os moderados. Não pareço boba. Sou boba. E quando a gente faz 30 anos passa a assumir o que é.

domingo, 21 de agosto de 2011

Foi assim



Tecido embaraçado como o da rede
Um olhar
Num piscar
Um outro dia
Mais um outro
Tramando encontros
Entrelaçando
Passos e pernas
Destino cruzado
Às vezes confuso
Cama de gato
Foi assim
Nosso enredo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rome Sweet Home




Demorou alguns meses para que minha alma digerisse a minha viagem à Itália,
a dor da partida (saudade) que me consumiu passasse ( um pouco) e eu conseguisse falar sobre essa experiência que encheu meu peito de felicidade.

Um grande sonho curtido anos, tão grande quanto os impressionantes monumentos que me surpreenderam, envelhecido como um bom vinho, que eu bebi cada gota
com muita vontade. Roma tem tudo que me abre o apetite, da gastronomia à arte,
devorei tudo.

O teto da Capela Sistina que me deixou boquiaberta por horas, silenciosa, olhando
cada detalhe. A Sibilla Delfica, as imagens que são mais que 3D, elas falam, elas se movem, elas se transformam de ângulo para ângulo, elas nos engolem.

A comida com sabores frescos, únicos. Os sorvetes ...amaretto, nutella, fragolla, pistachio...

As ruazinhas inacreditáveis. A andança sobrehumana para conhecer tudo...palatino, coliseu foro romano. Fiquei perdida num delicioso livro de história.

A gigantesca Fontana de Trevi, com sua energia incrível...

A água fresquinha das fontes que a gente bebe sem medo, sensação de sorver todo aquele país sensacional.

A nostalgia de Florença, num dia friozinho, com todos os seus atrativos impossíveis
de experimentar num dia só. Fartura de beleza e poesia.

O restaurante L’Arcano, o lugar mais lindo, a comida mais saborosa, o conceito
bacana...o bairro Barberini....que como se não bastasse ainda tem o Panteão...lindo, grandioso, iluminado...

Ai não foi à toa que voltei com falta de ar, sufocada de saudade, estufada de emoções e coisas para contar. Imensamente realizada e satisfeita.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Balanço



Foi culpa do mar,
Porque as ondas vêm e vão
Calmamente ou de repente
Levam velhas manias
Trazem novas águas cintilantes
Porque quando elas vêm altas
A gente mergulha fundo
E encontra tesouros perdidos
E se estão serenas
A gente se deita
Sob os raios de sol
De costas pro mar
De costas para o que virá
E assovia
E aprecia
Os braços fortes,
O peito aberto,
Os pés firmes sob a areia,
Os olhos que brilham,
O balanço.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ninguém




Nomes, cargos, endereço, status. Nunca entendi bem porque as pessoas se prendem a esses conceitos. Talvez porque nunca tenha gostado de competir, de me sobressair, gosto do anonimato, gosto mais ainda do trabalho conjunto. Talvez porque eu traga no nome, a indicação de um caminho pacífico, sereno. Muito provavelmente porque minha alma acredita que somos iguais e tudo é tão passageiro. A vida é roda da fortuna, é roda viva. Hoje nobres, amanhã pobres. Não acredito no poder, acredito que podemos e precisamos transformar. E vou além, acho que não somos nada. E que a partir dessa crença, saberemos que temos muito para fazer. Não existe maior prova de elegância que a despretensão. Quem quiser competir comigo, já tem vitória garantida. Não quero passar na frente. Quero seguir em frente, leve, sem estrelas no peito, fazendo amigos que não precisam ser iguais a mim, mas que eu trate como iguais, como co-autores da minha história, que não vai dar nenhuma grande biografia. Mas vamos ter muita história pra contar, descalços e sentados num chão qualquer.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

TINTA FRESCA

QUE TAL APAGAR O DESTINO TRAÇADO?
DESENHAR UM NOVO
COM TINTA FRESCA
OU DE LÁPIS PARA PODER APAGAR
(QUANDO QUISER)
E FAZER TUDO OUTRA VEZ
QUANDO PINTAR UMA IDEIA
E COLORIR A MONOTONIA
E RABISCAR SONHOS
SEM REGRAS
E PONTILHAR MOMENTOS
QUE ALGUÉM PODERÁ COMPLETAR
E DEIXAR ESPAÇOS VAZIOS
QUE A VIDA VAI PREENCHER
COM NOVIDADE
E APERFEIÇOAR O CONTORNO
COM SURPRESAS
COM O INESPERADO
QUE TAL PEGAR O PAPEL EM BRANCO
DAS POSSIBILIDADES
E ESQUECER AS VELHAS MARCAS AMARELADAS DO TEMPO?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A sua forma

Flor assimétrica
Raridade desmerecida
ou desacerto natural
Cor desconhecida
Perfume de vento
Pétalas a menos
que voaram
que nunca vieram
Desejo de fazer a sua forma

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vettel 22.05

A comemoração de Vettel ontem foi pura alma.

A vida fica mais fácil com leveza, minha gente.

http://www.youtube.com/watch?v=_JCWMZ4hV4c

quinta-feira, 31 de março de 2011

saudade





Coração com saudade fica pequenininho, reduzido a memórias, apertado pelo último abraço,expremido,amassado, encolhido a esperar o barulho da chave.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tropeçou nos pensamentos, tirou uma lasquinha da razão, quase caiu no chão.
Levantou atenta, passou a mão na cabeça, será que arranhou a sua reputação?
Lembrou da linha reta, eu tantas vezes vil, viu que ninguém é de ferro,
que a alma às vezes pisa em falso e distorce o sentido.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Jardim



Pensamento suspenso, jardim, me distraio com a paisagem de mim.

terça-feira, 15 de março de 2011

Listen to your heart

Em abril, vai rolar show de Roxette em SP.

Quando soube, lembrei imediatamente das festas no playground
quando eu tinha uns 12 anos.

É fato, as novas gerações não vão mais dançar músicas românticas
como a gente fazia. Mas deviam.

Era bom demais a expectativa de dançar com quem pretende,
curtir a música, compartilhar.

Por isso, esse show me fez lembrar a ação do Dorito´s Slow Dancing,
que exatamente queria trazer de volta esse tipo de romantismo.

Para relembrar:
http://www.youtube.com/watch?v=ktRsl2hAPhY

Ação do Doritos:

http://www.youtube.com/watch?v=27kGHoreQow

Aliás, era um bom momento para essa ação aqui no Brasil.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Surpreender e Colaborar - Nem sempre é fácil





Vou falar de dois assuntos que realmente têm a ver comigo nessa ação chamada UPLOADFF.

A mais simples, mas que me tocou bastante, foi a ação de divulgação.

No evento, as pessoas twittavam para uma tela que todos podiam ver. E, como todo ser humano, reclamavam do que estava incomodando.

O que os criadores do UPLOADFF fizeram? Presentearam os reclamões com aquilo que eles precisavam para aliviar o desconforto, com muita criatividade.

Sensibilidade, algo raro hoje em dia. Adoro presentear as pessoas com o que elas precisam, isso é ser gentil, é surpreender, é mostrar interesse.

http://www.youtube.com/watch?v=Q4K94HuB0og

A segunda foi o projeto colaborativo, é super atual, uma tendência.

E por trás dos interesses comerciais dessa história de compartilhar ideias, estão princípios muito valiosos. Talvez essa nova concepção mude muito a forma das pessoas lidarem com os negócios e com a vida. É preciso despreendimento para soltar a sua ideia de graça assim e contribuir com um projeto. Mas quem topa, sabe que estará produzindo conhecimento. Fazendo parte de algo que pode gerar inovação.

Sem contar com o entusiasmo que as pessoas sentem ao colaborar, contribuir, e com o aprendizado que isso pode trazer, respeitar ideias, abrir a mente, trocar, dialogar.

Espero mesmo que as próximas gerações já venham com essa cabeça.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Papéis

Quero poder rasgar papéis,
aqueles que não me servem mais.
Além dos que não são meus
Mas que se empilharam por aqui
Foram passando de mão em mão
Chegaram a mim
Encontraram espaço
Ficaram
Esperaram para ver se eu deixava
Eu os pegava pra mim
Alguns quase não pego
Mas peguei
Outros não soube dizer não
Ficaram até amarelarem
Até desistirem de tomar o seu rumo
Até que as traças ...
Que pena deles,
Olha como estão...
Que pena de mim
Deixei eles ficarem assim
Amontoados, descuidados de si,
Peguei os seus papéis pra mim.