sábado, 29 de outubro de 2011

A gente tem que fazer o que sabe...



O filme O Palhaço é poético e inspirador. Quem nunca se questionou sobre o que faz? Quem nunca se sentiu cansado? Mas quem nunca tirou férias e sentiu falta do trabalho? A gente tem que fazer o que sabe. Mais além o que gosta. A correria, a rotina, às vezes camufla o brilho, o prazer das nossas atividades. Só sei que é só eu entrar no avião para correr e procurar na bolsa uma caneta, é um vício. Apesar do dia a dia às vezes sacrificante, dos impedimentos, no fundo existe algo que nos convida a voltar e fazer o que nos preenche. E o filme me lembrou o Post do Hélio Leite.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eric Clapton - São Paulo

Estádio do Morumbi lotado, pessoas queridas reunidas e Eric Clapton no palco. O show foi encantador e difícil de traduzir em palavras. Ficamos em pé durante 1h40, eu quase imóvel ali ouvindo o som dele, impecável. Inesquecível!

Anotado!

Nunca mais pisei na areia


Nunca mais tomei banho de mangueira


Nunca mais peguei criança no colo


Nunca mais comi chiclete


Nunca mais tomei chuva por querer


Nunca mais pulei na piscina de madrugada


Nunca mais fiz bolha de sabão


Nunca mais corri pela sala


Nunca mais mandei carta


Nunca mais pulei na cama


Nunca mais passei a tarde com a roupa molhada


Nunca mais acordei no meio da tarde


Nunca mais dei um susto em alguém


Vou anotar na agenda


Quero sempre mais


Cada um desses nuncas e


Todos os demais.





sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sempre

A vida acontece lá fora, quando sem pressa e sem regra, olho pro lado.

A vida acontece aqui dentro quando paro e esqueço que o caos dos sem tempo

me rodeia.

A vida é a liberdade que incomoda, que inquieta e que quer estar.

Ela quer espaço.

Nas horas vagas, se faz gentileza, se faz beleza, se faz destreza.

Nas proibidas, eclode em pausa para descontrair ou simplesmente

explode e pede pra sair.

Escondida, se faz nuvem de pensamento, vontade

de romper o silêncio, de riscar a agenda, de mudar o rumo.

Distraída, surge ao seu lado e se abre em palavras, fantasiada

de gente comum, que se desvenda em histórias.

Assustada, corre como o tempo.

Teimosa, reaparece de repente em sentimento.

A vida acontece quando eu posso.

Que seja sempre.